sábado, 29 de maio de 2010

Projecto Castelo de Ourém


O pequeno foi de viagem, nós ficámos por casa, mas em casa é que não ficámos, como era sábado decidimos começar a tratar do nosso projecto para Setembro, é claro, o nosso passeio destinado aos nossos amigos.
Saímos pela manhã em direcção aos trilhos, com um projecto feito no google, era uma incógnita saber se os trilhos batiam todos certos ou se ainda existiam esses trilhos, mas por acaso tivemos sorte grande parte dos trilhos existem e só tenho a dizer que a parte do percurso que nós fizemos está muito bonito.
Por agora ficam algumas fotos das paisagens e do percurso que fizemos não chegámos a ir ao Castelo mas ficámos perto pois tínhamos que vir embora, senão o pequeno chegava de viagem e nós a curtir os trilhos, eheheh.

Nasce cada coisa nas árvores que nem vos conto só visto, eheheh



Agora vamos aos trilhos



















Estas são as paisagens e trilhos por onde vamos passar
Bons treinos e acima de tudo divirtam-se.

terça-feira, 25 de maio de 2010

III Ultra Trail da Geira Via Romana


Era chegado o fim-de-semana mais marcante deste mês, ia deslocar-me até ao Gerês para participar na III Ultra Trail da Geira da Via Romana, sempre eram 50Km de corrida e para quem não tinha treinado nada ia sempre na expectativa do que ia sofrer.
E assim às 14h30m, era o ponto de reunião junto à porta do clube, assim aconteceu, pelas 15h já nós íamos na estrada com direcção a Caldelas perto de Amares.
Chegava-mos por volta das 18h30 à bela povoação de Caldelas, na rua principal começámos logo por ver caras conhecidas, mas a primeira fase foi tentar encontrar o local da dormida que por muita sorte encontrámos logo. Depois de estacionar a carrinha, dirigimo-nos para o local de concentração levantar os dorsais e esperar pelo brifing mas, quando chegámos já estava a desenrolar-se, ficámos a ouvir as novidades, explicações de como se ia desenrolar a prova as zonas perigosas para irmos com muita atenção para não acontecer nada de grave, zonas com lama, com pedra subidas a 10% e muitas outras precauções e por fim o percurso tinha sido alterado, já não eram os ditos 50km como acrescentaram mais 2km e uns pozinhos eheheheh.




Era chegada a noite estava na hora de ir dormir e ai é que começava o caos, eheheh, a zona de dormidas era em solo duro e era comum a todos atletas, nós tentámos fugir à confusão e montámos os colchões ao fundo de um corredor, o que achámos estranho, foi estar lá só um indivíduo, por sinal ele também achou estranho de nós estarmos ali também, até que ele nos disse que tinha sido corrido de dentro da sala onde estavam os outros a pernoitar pois ressonava muito, eheheh, a Otília e o Brito mudaram logo de zona foram para a sala onde estavam os outros e o resto do pessoal e eu ficámos, eu dei o beneficio da duvida mas ao fim de 10 minutos já não aguentei mais, o caramelo ressonava como caraças parecia uma máquina a vapor, agarrei no colchão e ala fui para outra sala que era bem mais calma.
Era chegado o domingo e a saída dos autocarros eram às 7h00, para nos levar para Espanha, pois a partida seria em Lobios.

Chegados a Lobios terras de Espanha, estava uma bela manhã, a temperatura já se começava a sentir apesar no boletim meteorológico dizer que ia baixar 10 graus, não era ali de certeza, no local da partida existia uma piscina que por incrível que parece-se já havia malta ao banho naquela hora da manhã, mas mais incrível era que a água da piscina era quente e ninguém sabia como.





Estava na hora da partida e toca a reunir o pessoal, mas antes tínhamos que fazer um juramento, como íamos percorrer maioritariamente trilhos da via romana, tínhamos que fazer um juramento, tínhamos que jurar em respeitar os trilhos e se éramos dignos de os pisar blá… blá…blá… Avé César.
Assim se dava início à prova por volta das 9h10m, o pelotão saiu num ritmo calmo e descontraído, fomos sempre junto a um rio em que a água era límpida como é raro ver-se, o nosso destino inicial era a serra do Xures, entrávamos assim na calçada romana que nos acompanhou durante muito tempo em que tínhamos que correr com atenção para não cairmos, entre calçada e singles, estradões tivemos sempre a presença de marcos romanos os chamados Milionários esses marcos eram colocados nas margens das principais vias romanas a cada mil passos eheheh, imaginem se o romano era pequeno eheheh.

Durante alguns quilómetros, tentei acompanhar o Brito, seguíamos uma táctica em correr nas partes mais planas e quando entrávamos nas subidas mais íngremes o ritmo baixava ou então íamos a andar de modo a poupar-nos um pouco, chegava-mos à fronteira de Portugal

com Espanha e ai havia um posto de abastecimento e de novo nos trilhos e foi assim durante 27km em que ia bem, o grupo era fabuloso até que comecei a sentir algum cansaço físico e parei para tirar as pedritas das sapatilhas, quando fui para arrancar parece que levei com o homem da marreta, senti o corpo a ficar ligeiramente preso, a partir dai, tentei gerir um ritmo calmo e descontraído, sempre na tentativa de me colar a alguém, chegava à barreira dos 35km`s, o corpo queria descanso mas a cabeça dizia que tinha de continuar, o sol era abrasador e durante grande parte do percurso olhava para a paisagem que me era oferecida pela natureza, era sempre uma forma de me descontrair e o mais caricato era termos que passar ao lado das vacas Arouquesas que ocupavam os nossos trilhos com o seu ar simpático, mas ao mesmo tempo desconfiado, foi assim durante alguns quilómetros que ia progredindo, parava em todos os abastecimentos o percurso era marcado por milhas, mas como tinha o GPS lá me ia guiando em Km`s, num dos abastecimentos encontrei um atleta que tinha uma bolha num pé, e os colegas diziam que assim ele não conseguia andar, senão acabaria por ficar no percurso, eu como sou do tipo marinheiro avio-me em terra para levar para o mar, levava comigo um gel tipo silicone para as bolhas e lá lhe dei um pouco para ele colocar no pé, ficou desconfiado com aquilo mas lá pôs, o que é certo ele chegou ao final e veio-me agradecer o que fiz.




Continuando a saga, lá ia eu nas minhas calmas até encontrar outro atleta com cãibras, ajudei-o no melhor que pude e a partir dai fiquei com companhia durante vários quilómetros num sobe e desce até ao posto de abastecimento, onde estavam umas caras larocas que nos diziam que faltavam 9.980mt e que era praticamente tudo plano até certo ponto e depois era sempre a descer, ai ganhámos outro animo e pusemo-nos, a correr o melhor que sabia-mos, eheheheh, as pernas já não corriam nem andavam só se arrastavam, eheheh, olhava para o relógio estava com 6 horas de prova, e pensei para mim se a moça me dizia que ia ser fácil aquela parte do percurso ia tentar ainda entrar com um tempo razoável, mas ela enganou-nos foi a parte ainda mais dura em que subimos e subimos e até no meio do nada tínhamos uma placa de sinalização a dizer 10% de inclinação, fiquei de esganar a pequena eheheh, a dado momento disse ao colega que ia comigo para se ir embora pois já não aguentava mais aquele ritmo e ele ia bem só tinha que se ir embora e não se prender para ir comigo, ficando de novo sozinho vejo outro atleta aflito com cãibras e logo me juntei a ele e a partir dai fomos até ao final na conversa em que ele resmungava que tinha ido para fazer 50km e não 52, enfim foi um muro de lamentações que no final ao entrar de novo na povoação os espectadores que por ali estavam começaram a aplaudir e a dar-nos força e ainda ganhei forças para correr até à meta e quando a cruzei foi uma sensação tão estranha que não sei descrever.
Cheguei com 52Km e uns trocados, em 7h50m, com a sensação de um feito a que me propus sem treinar praticamente nada, a última vez que tinha corrido foi em 25 de Abril, mais uma vez tive que usar o efeito psicológico para acabar uma prova.
Desde já quero agradecer aos meus colegas de equipa e que se portaram muito bem principalmente à Otìlia sempre animada, ao Brito, Marçal e ao Oliveira que fizemos esta odisseia e também ao João Dias que foi fazer o percurso mais pequeno com 15km mas nada fáceis.
Bons treinos e agora é recuperar para a próxima.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alvalade/Porto Covo/Alvalade


Era chegado o fim-de-semana mais empolgante deste mês, íamos até Alvalade.
E decidimos ir no Sábado e pelas 15h30m já estávamos de saída, saia-mos com tempo suficiente para ir nas calmas e sem Stress. Passadas umas horas estava-mos em Alvalade e fomos logo direitos ao secretariado levantar os dorsais, ainda com pouco movimento, foi rápido e eficiente, perguntámos a um dos organizadores a onde era as dormidas e ele nos diz que era naquele pavilhão, mas só por volta das 00h00m é que era disponibilizado para nós montarmos as coisas para dormir, e que às 6h30m tínhamos que nos levantar, ficámos os dois a olhar um para o outro, resolvemos ir dar um passeio pela vila pacata até que me lembrei de ligar para o nosso amigo Pedro, que me diz que estava na Ilha do Pessegueiro e convidou-nos para lá ir ter, não pensámos duas vezes e seguimos em direcção à Ilha do Pessegueiro mais propriamente ao Parque de Campismo.
Com esta opção sempre nos deitávamos mais cedo. Chegados ao parque tivemos logo a companhia do nosso amigo que nos levaria até junto das outras tendas e num abrir e fechar de olhos montámos a nossa eheheh, modernices.


De seguida fomos ter com o resto do grupo que já estava no restaurante, onde se encontrava o nosso amigo Bispo com a sua família, e alguns amigos, chegava a hora de ir dormir e com o som do mar como som de fundo estávamos no paraíso.
Era chegado o domingo e saia-mos cedo do parque com destino a Alvalade, chegados de novo ao destino já havia muita gente parecia que a vila de repente tinha virado uma cidade movimentada.

A Sandra estava um pouco apreensiva, pois ia enfrentar uma distância nada pouco habitual, nunca tinha passado dos 85km e iria enfrentar 120km, e nunca tínhamos treinado longas distâncias e para complicar havia melhoria do tempo pois ia aquecer bem, era mais uma dificuldade acrescida mas nada a fazia mover daquele pensamento, se estava ali era para fazer do princípio ao fim.

Eram 9h00 dava-se início à maratona, mas antes encontrara-mos o nosso amigo Orlando à partida e durante pouco tempo rolámos juntos, pois no meio daquela confusão perdíamo-nos facilmente, entrados nos trilhos dava ainda para continuar a rolar até que aparecia a primeira dificuldade para alguns, parava tudo ali, encontrámos duas cara conhecidas e amigas a Teresa e a Rita (Catita),



que estavam paradas à espera de poder passar, cumprimentos, o pessoal estava todo bem e lá seguíamos nós a bom ritmo o percurso não era muito sinuoso, até era bastante rolante, as subidas eram enfrentadas nas calmas, até que passados alguns quilómetros era chegado o famoso abastecimento das famosas sandes de carne assada, a dar apoio estava um enorme camião, mas nós seguíamos a bom ritmo não tínhamos fome e estávamos bem.



Era chegada a parte mais linda do percurso entrávamos nós na amazónia com um single lindo de continuar assim até ao fim, aquele arvoredo todo, as plantas bem fechadas tornavam o aspecto numa amazónia autêntica, saídos dali voltava-se de novo a entrar nos estradões em direcção a Porto Covo e eu como sempre a tirar uma fotos para a reportagem não reparei que a dado momento começámos a descer e nem me apercebi, até que já era tarde demais com uma mão no guiador a outra a segurar a máquina fotográfica entrei num bocado de areia que fez com que a bike se espantasse e cá vai disto quando dei por mim já estava no chão, o guiador ficou paralelo com a roda e eu com os joelhos esfolados e com uma dores de cada vez que dobrava os joelhos, mas também não eram as dores que me iam fazer desistir.
Continuávamos desta vez com um ritmo mais calmo e chegávamos perto de Porto Covo, de novo um single junto ao mar, estava um espectáculo, um belo dia de praia e nós ali a curtir o todo terreno eheheh, era chegada a meta e muita gente a assistir e aplaudir, ali era a meta dos 70km e a continuação dos 120km, a arena estava bem montada mas algo confusa havia muita gente, nesse instante aparecia a Teresa e estivemos um pouco à conversa pois estávamos a repor as energias.
Estava na hora de partir, tínhamos o regresso para fazer e o calor apertava, seguimos os três por um bocado mas depois separámo-nos, eu e a Sandra continuávamos com um ritmo calmo e não sabia-mos o que iríamos apanhar pela frente, ao longo de alguns quilómetros rolámos praticamente os dois, até que num abastecimento ouvimos um barulho de uma corneta e era-nos familiar eram os nossos amigos, Pedro e o Bispo que tinham parado para beber uma bejeca, a partir dali rolámos sempre juntos até ao final, os últimos quilómetros foram algo cansativos pois rolava-se muito, o terreno estava muito duro e sempre com atenção para não cair dentro das valas.



Chegados ao final a Sandra nem queria acreditar que tinha conseguido chegar ao fim desta epopeia, tinha passado a barreira dos 80km e tinha chegado ao fim com 123km feitos, e um tempo total de 8h21m, parabéns para ela.
No final um merecido banho e fomos almoçar com os amigos, para o ano estamos lá novamente.



Bons treinos