terça-feira, 16 de junho de 2009

24 Horas de BTT em Lisboa


Tinha chegado o grande dia, eram 7h00 da manhã do dia 13 de Junho, quando estava de saída para Monsanto em Lisboa, pois ia ser um fim-de-semana onde ia ser a loucura total, tinha-me inscrito para as 24 horas a solo, ia ser o meu desafio e saber até onde estava preparado quer psicologicamente quer a nível físico.
Chegado a Monsanto já estava por lá a equipa que me patrocinava e alguns atletas da equipa de 4, sendo estes alguns federados e estando no campeonato nacional de BTT.
Como o tempo voa à que meter mãos à obra, tinha que montar a tenda e colocar lá tudo e preparar desde bebidas a outros auxiliares musculares ah ah, e de seguida fui levantar os dorsais, calhou-me o numero 1-060.


Faltavam 5 minutos para o meio-dia, quando desloquei-me para a zona da partida e ainda tive tempo para por a conversa em dia com o Fuel100, logo de seguida apareceu o João Correia da equipa do Btt Sor que estava acampado junto a nós.

Era 12horas em ponto e deu-se inicio ás 24 horas, o grupo da frente saiu em grande velocidade, mais para trás estavam quase todos os atletas que iam a solo sem pressas pois tínhamos muito tempo, fomos por ali a fora e na segunda subida tivemos logo o primeiro engarrafamento e único pois a subida era íngreme, o pessoal fez aquilo tudo a pé, logo de seguida vinha o primeiro single do dia uma descida fenomenal,

inicialmente fui a medo pois havia drops pelo meio e o travão era a minha salvação até que a dado momento alguém me pediu passagem e ia sempre a rasgar e segui a trás dele e fui ganhando mais confiança, depois de um sobe e desce e algumas partes rolantes eis chegado o single assassino, o single do chimarrão, o mesmo que no ano passado deu-me cabo das costelas, e lá fui eu por ali abaixo e a coisa até correu bem sem danos, fiquei todo contente prova superada, isto ainda na primeira passagem, depois vem a segunda e na terceira passagem, cá vai disto no mesmo sitio no mesmo local e na mesma raiz, malvada, atirou-me ao chão, mas desta vez sem danos graves, que me deu animo para continuar, e lá fui eu dando mais uma volta, ao fim de 4 voltas parei para comer qualquer coisa e aproveitar para descansar e voltei de novo ao circuito para andar até à hora do jantar, e foi o que aconteceu mas ai já me começava a doer os ombros.
Eram perto das 22horas, fui dar uma volta, sai todo equipado luzes na bike, no capacete, parecia um mineiro, só que de noite sem óculos sou pitosga não vejo népia, a direito e a subir tudo bem agora a descer tinha que ser a pé pois com a falta de visão as descidas não tinham buracos nem pedras era tudo liso ah ah.
Voltei a sair do circuito e fui descansar nessa altura já me doía o pescoço, os ombros, todas as rótulas da cintura para cima, e segui o conselho de alguém para ir para a tenda descansar e assim o fiz, esperava acordar cedo para continuar a pedalar, mas de manhã quando acordei era impossível colocar-me em cima da bike, as dores eram ainda mais fortes e o melhor foi mesmo dar apoio à outra equipa que continuava a lutar por um bom lugar na classificação.
Conclusão das 24 horas: circuito com 13 km espectaculares, a nível psicológico foi 5*****, a nível físico estava bem preparado o que me traiu foram as dores de ombros resultado do excesso velocidade nas descidas mais técnicas e da estrada de pedra, devido aos impactos, assim com os erros aprendemos.

Agradecimentos ao patrocinador EXTREMEZONE

4 comentários:

  1. Grande Jorge,
    Desafiar-te a ti proprio.
    está fixe o post.
    Mousas

    ResponderEliminar
  2. Está visto que tens que treinar mais. Consegues fazer mais quilómetros quando vais passear com a Sandra. A companhia ajuda muito na parte psicológica.
    Beijinhos e bons treinos.

    ResponderEliminar
  3. Mousas foi a minha primeira vez a solo e espero continuar e tentar superar as dificuldades que tive, ficou um vicio muito forte esta história das 24 horas.

    Olá Teresa, nem imaginas a surpresa que tive quando me começaram a doer os ombros e ainda hoje ando a tomar os comprimidos iguais aos da selinda XL na Sertâ ah ah, pois se deixo de tomar as dores voltam. Fisicamente eu achava que estava bem mas pelos vistos não.
    Bjs.
    Jorge

    ResponderEliminar
  4. mais do que fazer bons tempos, ir ao limite é tratar tb de nós, sentirmo-nos bem.....fisica e psico.De louvar é o nao ter medo de ir,o estar presente, além disso atrás do pedal á outra vida nas 24h. Tive a primeira experiencia o nao passado(equipa pedaladelas)e pronto, tivemos tempo p dormir e tudo....ainda assim tivemos o 3º lugar no podium....ms o que guardo é o companheirismo,o tempo bem passado..
    Até breve....

    ResponderEliminar